Equipamentos médicos Hospitalares – Aquisição e cuidados – Parte 1

5 de fevereiro de 2021 Equipamentos médicos hospitalares

Ao entrar em um hospital, é visível que seu funcionamento depende, além dos profissionais que lá trabalham, de máquinas e instrumentos específicos. São equipamentos médicos hospitalares que a instituição necessita para atender os pacientes com a qualidade e agilidade que a saúde humana requer. Quanto mais especialidades oferecidas na instituição, maior é a variedade de aparelhos.

Com o passar dos anos, o avanço da tecnologia está permitindo aos desenvolvedores criarem aparelhos cada vez mais avançados e eficientes, capazes de mapear o corpo humano com precisão. Hoje, é comum um equipamento ser determinante para definir diagnósticos e auxiliar no tratamento de inúmeras doenças.

Estima-se que existem no mundo mais de 10 mil tipos de equipamentos hospitalares. Cada um possui uma finalidade e, por isso, devem ser adquiridos conforme regras já estabelecidas. A manutenção também tem suas particularidades a depender do modelo do aparelho e sua finalidade.

E é isso que vamos abordar nesse artigo, que será dividido em duas partes. Abaixo, você pode ler a primeira, que trata da classificação dos equipamentos. Na segunda parte, falaremos dos cuidados necessários para que essas ferramentas tenham uma vida útil maior e explicar as formas de aquisição.

Equipamentos médicos Hospitalares

Raio-X, tomógrafo, eletrocardiógrafo, cilindro de oxigênio, otoscópio, doppler, desfibrilador, monitor. Esses e outros itens fazem parte da extensa lista de centenas de ferramentas e aparelhos importantes no auxílio do exercício da medicina.

Contudo, é preciso lembrar que a gama de equipamentos também inclui os destinados à mobilidade, higiene, reabilitação, monitorização, entre muitos outros que são utilizados no dia a dia de um hospital, como

  • Acessibilidade: cadeira de rodas, andador, assento sanitário, almofada, escada, coletor, sonda;
  • Aparatos: mesa para curativos, maca, suporte de emergência, biombo hospitalar, suporte de soro;
  • Insumos: luva, máscara, roupa cirúrgica, lençol, uniforme, álcool;
  • Utensílios médicos: bisturi, lanterna clínica, aparelho de pressão, aspirador de secreção, oxímetro, termômetro, nebulizador, estetoscópio;

Ou seja, aparelhos médicos são todos aqueles usados para fins de diagnóstico, tratamento, terapia e suporte à vida nas mais diversas áreas da medicina: preventiva, cirúrgica, estética, odontológica, fisioterápica e nas outras 50 existentes.

Licença de uso

Um hospital preparado é aquele capaz de suprir as necessidades dos doutores e pacientes, desde insumo até aparelhagem. Por isso é necessário que os responsáveis saibam escolher as máquinas e ferramentas que serão adquiridas. Como falamos acima, elas são de suma importância para a medicina e, sobretudo, para a sociedade.

Quem trabalha na área sabe que o processo de compra não é tão simples quanto a de um aparelho eletrônico doméstico. É preciso que o responsável pela aquisição verifique junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, se o dispositivo está devidamente regularizado no órgão.

Mesmo os que são considerados ponta de linha, ou seja, mais modernos e completos, devem ter o aval da Anvisa para serem comercializados e utilizados nas instituições de saúde brasileiras. Assim que autorizado, o certificado do produto tem validade de cinco anos, podendo ser renovada pelo mesmo período cada vez que a licença expira.

Para orientar os profissionais, o Ministério da Saúde disponibiliza em seu site uma cartilha com diretrizes para a aquisição dos equipamentos. O documento apresenta regras de enquadramento dos aparelhos de acordo com a finalidade e o grau de risco que oferece aos pacientes.

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Classificação da Anvisa

É de conhecimento de todos que durante um exame de Raio-X é proibida a permanência de outra pessoa que não seja o radiologista e o paciente, salva as poucas exceções. Isso porque a radiação emitida durante o processo é prejudicial à saúde, o que também explica o motivo de haver limite de repetições do exame por imagem – capaz de alterar o DNA das células humanas – e a estrutura robusta das salas onde estão localizados os aparelhos.

É devido a riscos como esses que a Anvisa classifica os materiais e equipamentos em quatro categorias:

  • Classe I: baixo risco;
  • Classe II: médio risco;
  • Classe III: alto risco;
  • Classe IV: risco máximo.

Já o enquadramento é relativo à finalidade aparelho – indicada pelo fabricante:

Sendo divido em 18 partes, segundo os critérios adotados no anexo II da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 185:

  • Produtos não invasivos: regras 1, 2, 3 e 4;
  • Produtos invasivos: regras 5, 6, 7 e 8;
  • Produtos ativos: regras 9, 10, 11, 12;
  • Regras especiais: regras 13, 14, 15, 16, 17 e 18.

Para saber se um produto ou equipamento foi autorizado, os responsáveis pela aquisição podem consultar o site do órgão. No portal da Anvisa é possível pesquisar os itens por nome, número de registro, tipo de produto e data de lançamento.

Importante salientar que partes de um mesmo aparelho podem receber classificações diferentes, dependendo dos seus acessórios. Voltando ao exemplo do Raio-X, o aparelho pode estar classificado como risco alto enquanto o digitalizador de imagem, responsável por revelar a radiografia, é considerado de baixo risco. Já o filme utilizado tem risco médio.

Caso o equipamento seja utilizado para mais de uma finalidade, a Anvisa considera a classe de maior risco que ele representa.

Estão isentos de registro pela Anvisa os produtos oriundos de equipamentos que já possuem aprovação, como nos casos de itens vendidos separadamente para reposição e peças complementares.

Manutenção

Os equipamentos médicos hospitalares requerem cuidados especiais e manutenção constante. Um dos motivos de manter os aparelhos em pleno funcionamento é a qualidade no atendimento ao paciente, que pode ficar sem diagnóstico ou tratamento devido à falhas e panes. Além disso, eles têm preços elevados, tanto para compra como aluguel, o que onera, e muito, o caixa da instituição de saúde. A reposição de peças ou mesmo troca do aparelho pode causar prejuízo.

Esse é assunto para a segunda parte do artigo. Vamos explicar como realizar a correta manutenção dos equipamentos e, ainda, falar das formas de aquisição disponíveis para equipar um hospital.

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