Retomada da Economia: Economia apresenta sinais de recuperação

10 de novembro de 2021 Retomada da Economia: Economia apresenta sinais de recuperação

A pandemia de coronavírus causou prejuízo para todos os países do mundo. Houve uma brusca queda na renda familiar, além do adiamento de projetos e investimentos. Tudo isso contribuiu para que o setor econômico ficasse prejudicado. No Brasil, a indústria foi obrigada a reduzir a produção, uma vez que o consumo foi freado.

Com a necessidade de isolamento social, o setor de serviços também sentiu o impacto da pandemia. Sem público, agência de turismo, bares, restaurantes, entre outros segmentos tiveram que fechar as portas. Alguns ainda conseguiram se adaptar ao comércio eletrônico; outros não tiveram essa opção.

Quase dois anos depois, o Brasil está caminhando para a retomada geral da economia, auxiliada por programas de benefícios financeiros à população, com o Auxílio Emergencial, e fiscal para as empresas. As medidas emergenciais foram fundamentais para que a queda não fosse ainda mais acentuada.

Para os analistas, o setor deve voltar a lucrar até o final de  2021. A recuperação depende de alguns fatores, como a estabilização da pandemia e ampliação da vacinação. Segundo o site www.gov.br, em setembro, 90% da população brasileira adulta estava  vacinada com a primeira dose contra a Covid-19.

O ano da pandemia

O ano de 2020 foi desafiador. Com a crise sanitária causada pela pandemia de Coronavírus, diversas empresas fecharam as portas. Com isso, os principais setores econômicos registraram queda, principalmente entre os meses de abril e maio.

No início da pandemia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que a atividade economia poderia recuar até 9,1%, e índice do PIB chegaria a 6,5%. 

Ao final de 2020, o resultado para o Produto Interno Bruto foi pouco mais animador que o prognóstico, caindo 4,1%, a maior retração desde 1990. Inclusive, esse índice foi o menor registrado desde que a economia começou a melhorar, em 2017. 

A inflação subiu de 3,6% em janeiro de 2020 para 4,4% do mesmo ano, com registro de alterações no decorrer do período. No caso de produtos alimentícios, a variação foi de 2,5% por mês, fechando o ano em 18,7%. Já a desvalorização cambial aumentou consideravelmente o custo da produção industrial, que chegou a 6,7%.

Para o histórico econômico, a crise sanitária contribui para manter os índices abaixo do esperado, marcado pela pior década em 120 anos, no que diz respeito ao crescimento do PIB. Na primeira metade de 2020, a soma dos bens e serviços produzidos registrou queda de quase 12%, com uma variação negativa de -3,4%.

O crescimento da economia em 2021

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia em fevereiro de 2021, mais de 1 milhão de CNPJs foram cancelados. Destes, 4 em 10 foram motivados pela pandemia e mais de 98% deles eram pontos comerciais de micro e pequenas empresas.

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Porém, com o avanço da imunização da população economicamente ativa, a previsão é que o cenário comece a mudar, com a abertura de novos negócios, mesmo que de forma tímida. Com a vacinação, o setor de serviços será aquecido e, com ele, a criação de novos postos no mercado de trabalho.

Já as transações que envolvem investimentos, estão sendo decisivas para a retomada da economia brasileira. Analistas afirmam que o capital empenhado em aquisição de maquinário, melhoria na infraestrutura, criação de novos projetos e ampliação da produção tiveram um aumento de 19,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2020.

Diante desses números, o FMI prevê que a recuperação da economia pode ocorrer ainda este ano. A previsão é que o PIB atinja 5,3%, impulsionada pela alta das exportações, que cresceram 36%.

A indústria é o setor que tem gerado mais lucro e vagas de emprego. Cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,40 para a economia. Para efeito de comparação, os setores de comércio e serviços, e agricultura geram, para o mesmo valor, R$ 1,49 e R$ 1,66, respectivamente.

Além disso, a indústria é responsável por mais de 20% dos registros de trabalho formal e 33% do valor total de tributos federais recolhidos, com exceção das receitas oriundas da previdência.

Entretanto, os relatórios apontam que o crescimento registrado não será suficiente para repor as perdas de 2020.

Previsões para 2022

Para o próximo ano, a previsão é que o crescimento seja limitado, segundo especialistas em economia. A estimativa é que o PIB não ultrapasse os 1,5% e a taxa de juros alcance o percentual de 11,5% até o final do próximo ano. 

Os relatórios apontam que uma das motivações para o baixo crescimento é a alta do juros combinada com o aumento da inflação que, em 2022, deve ficar acima de 3,50%. Além disso, é possível que esta alta se estenda por mais dois anos.

A queda na renda per capita e o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), puxado pela alta nos preços do combustível e alimentos são outros fatores que devem conter o crescimento da economia brasileira. Agravamento da crise hídrica também irá influenciar o cenário econômico em 2022.

Quanto às atividades de exportação para o comércio exterior, a projeção é que a economia global experimente um certo nível de estagnação. A desaceleração no setor industrial global deve promover a queda no valor das commodities. Para esse ano, a balança comercial deve atingir R$ 76,6 bilhões, em 2022, o montante deve ser de R$ 74,1 bilhões.

Para os analistas, a retomada da economia brasileira deverá partir da produtividade, quando a atividade cresce pela ocupação da capacidade ociosa. Ou seja, é preciso criar estrutura para que o país possa ampliar o potencial de crescimento, sobretudo para o setor de serviços, que deve registrar uma evolução mais acentuada.

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