O que é a demonstração do fluxo de caixa e a importância para sua empresa
17 de abril de 2023Se você é gestor de uma empresa, provavelmente já ouviu falar da demonstração de fluxo de caixa. Esse é um dos relatórios contábeis essenciais para o bom funcionamento de qualquer negócio, pois permite uma visão realista do caixa da empresa, além de ajudar a identificar possíveis fraudes contábeis. Empresas de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$2 milhões são obrigadas a elaborar a demonstração de fluxo de caixa, mas isso não significa que outras empresas não possam se beneficiar dela.
Neste artigo, vamos explorar mais a fundo o que é a Demonstração de Fluxo de Caixa e como ela pode ser usada para tomar decisões mais assertivas para o seu negócio. Siga a leitura e descubra como essa ferramenta pode ajudar sua empresa a crescer e prosperar.
O que é a Demonstração do Fluxo de Caixa
Para entender melhor o que é a Demonstração de Fluxo de Caixa, precisamos dar um passo atrás e entender o que é um Fluxo de Caixa. O Fluxo de Caixa é um relatório contábil que mostra todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa em um determinado período. É como se fosse um extrato bancário, mas do negócio. Nele ficam registradas todas as movimentações financeiras da empresa. Com ele, é possível ter uma visão clara da situação financeira da empresa para, então, tomar decisões mais seguras. É uma ferramenta essencial para a gestão financeira de qualquer empresa. Pense nele como o GPS do seu negócio, que te ajuda a chegar aonde deseja com mais segurança.
Já a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) é um relatório contábil que reúne todas as movimentações financeiras que ocorreram na empresa em um determinado período, indicando a origem e o destino dessas transações. Com ela, é possível entender de onde veio o dinheiro e para onde ele foi. Ou seja: ela demonstra os resultados do Fluxo de Caixa. Esse demonstrativo é obrigatório para empresas de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões. Mas, de acordo com a NBC TG 1000, pequenas e médias empresas também precisam elaborar o DFC.
Quais são os 3 principais tipos de Fluxo de Caixa
Existem três principais tipos de Fluxo de Caixa que podem ser usados para gerenciar as finanças de uma empresa.
- Fluxo de Caixa Operacional – avalia o fluxo de dinheiro que entrou e saiu da empresa em suas operações diárias, mostrando a capacidade do negócio em gerar dinheiro e a variação do capital de giro.
- Fluxo de Caixa Direto – mostra todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa, sem ajustes contábeis.
- Fluxo de Caixa Indireto – considera os ajustes contábeis realizados nas demonstrações financeiras da empresa, como depreciação, amortização e variações cambiais.
Cada tipo de Fluxo de Caixa tem suas próprias vantagens e pode ser utilizado para diferentes finalidades. É importante escolher o que melhor se adequa às necessidades da empresa.
Para que serve a DFC
Pelo fato de a Demonstração do Fluxo de Caixa ser uma ferramenta contábil obrigatória, ela garante que a empresa esteja dentro da legalidade. Ela também facilita a fiscalização dos órgãos competentes e ajuda a avaliar a capacidade e viabilidade financeira do negócio em gerar caixa. Além disso, a Demonstração de Fluxo de Caixa é uma fonte importante de dados históricos que podem ajudar a estimar o Valuation de uma empresa. Este é mais um tipo de informação que ajuda o gestor a planejar e tomar decisões financeiras mais assertivas, garantindo o sucesso da empresa a longo prazo.
A estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa
Mesmo que você, gestor, não seja o responsável por fazer a DFC, é importante entender o processo. Afinal de contas, ter noções de tudo o que envolve seu negócio permite a você estar por dentro de tudo o que acontece na empresa.
A DFC tem uma estrutura básica, que é definida pelas normas de contabilidade. De acordo com esse modelo, o relatório deve se estruturar em torno de três áreas: operacionais, de investimentos e de financiamento.
Quais são as 3 atividades de uma Demonstração de Fluxo de Caixa
Entenda melhor cada uma das atividades que fazem parte da estrutura da DFC.
- Atividades operacionais – se referem a aos recursos que se aplicam na produção e entrega de produtos e serviços que geram receita para o negócio. Alguns exemplos: contas a pagar e a receber, receitas oriundas de pagamentos recebidos, pagamentos para fornecedores e tributos.
- Atividades de investimento – têm a ver com investimentos relativos a patrimônios de longo prazo, visando benefício futuro para a empresa. Nessas atividades entram a compra de automóveis, imóveis, mobiliário e investimentos financeiros diversos.
- Atividades de financiamento – estas têm relação com recursos que a empresa emprestou de terceiros, como empréstimos, financiamentos, recompras de papéis, emissão de novas ações.
Como fazer uma demonstração de Fluxo de Caixa
Com exceção de empresas de capital aberto, a DFC deve ser apresentada trimestralmente pelos demais tipos de empresa. Há duas formas de se fazer a DFC, o direto e o indireto. Entenda melhor:
- Método direto – Neste método são registradas todas as entradas e saídas do caixa bruto da empresa. Nele pode se levar em consideração o Fluxo de Caixa diário, semanal ou mensal, a critério da organização. Nesse método não entram previsões de pagamentos, pois a intenção é ter uma visão do que há em recursos no momento.
- Método indireto – Aqui, a DFC é feita através do ajuste do lucro líquido de acordo com os itens que afetam diretamente o resultado da empresa, mas que nem sempre modificam o caixa de fato. É o caso de valores a receber, por exemplo. Sendo assim, nele não há uma visão real dos pagamentos.
Como analisar uma DFC
Por levar em conta apenas as movimentações já ocorridas, a análise da Demonstração do Fluxo de Caixa não é complicada. Mas a melhor forma de analisar a DFC é, sem dúvida, fazendo comparativos com outros períodos para identificar se houve melhoras, quedas nas vendas e outros dados importantes.
Através dessa análise é possível identificar sazonalidades e se preparar para elas, além de perceber pontos a melhorar e aquilo que comprovadamente deu certo.
Ter uma boa assessoria contábil traz mais eficácia ao processo
Embora não seja difícil elaborar uma Demonstração de Fluxo de Caixa, ela pode ser um processo trabalhoso e requer bastante atenção e conhecimento sobre o assunto. Por isso, é essencial ter a assessoria de uma equipe contábil experiente e qualificada para garantir que o relatório esteja correto e em conformidade com as normas contábeis.
A Previsa é uma empresa contábil com uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados em ajudar os gestores a gerenciar suas finanças e contabilidade com alta eficácia e agilidade. Com a assessoria da Previsa, você pode se concentrar em fazer o que faz de melhor – cuidar do seu negócio – enquanto uma equipe de especialistas cuida da sua contabilidade.
Resumo
A Demonstração de Fluxo de Caixa é um importante relatório contábil que permite que os gestores tenham uma visão clara do fluxo de caixa da empresa. Com esse conhecimento, os gestores podem tomar decisões financeiras mais precisas, beneficiando a empresa. Reveja os principais pontos abordados hoje:
- O que é a Demonstração de Fluxo de Caixa
- Quais são os 3 principais tipos de Fluxo de Caixa
- Para que serve a DFC
- A estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa
- Como fazer uma Demonstração de Fluxo de Caixa
- Como analisar uma DFC
- Ter uma boa assessoria contábil traz mais eficácia ao processo